Amazon volta atrás e autoriza e-book com pintura de mulher nua
A empresa de comércio eletrônico Amazon voltou atrás e autorizou a publicação de um e-book cuja capa é ilustrada com a pintura de mulher nua.
Na semana passada, a empresa havia informado ao autor, o franco-espanhol David Uzal, 44, que a capa de seu livro "Princesa Lara o la Biografía Anticipada de Quien Llevó el Sexo Dicho Débil a la Cumbre del Poder" (Princesa Lara ou a biografia antecipada de quem levou o sexo dito fraco ao ponto alto do poder) violava as políticas de conteúdo da empresa.
O livro seria disponibilizado pela plataforma Kindle Direct Publishing, onde usuários podem publicar seus e-books gratuitamente.
Uzal escolheu uma pintura feita por ele, "Femmes aux Cheveux Bleus" (mulher de cabelos azuis), para ilustrar a capa.
A Amazon enviou e-mail a Uzal na quinta-feira (1) anunciando que a empresa havia reavaliado a decisão de recusar a publicação do livro. O representante da empresa, autor do e-mail, também pediu desculpas em nome da Amazon por qualquer dano que a recusa havia causado ao autor.
Uzal pediu então que a Amazon se retratasse publicamente.
"Deram o azar que uma de suas censuras mais absurdas -espero que não haja muitas desse tipo!-coincidiu com quem escreveu uma obra motivado pela íntima convicção de que a liberdade em geral está diminuindo e que a liberdade de expressão está sofrendo novas formas de censura, mais sutis e dissimuladas e portanto mais perigosas. Incluir a Amazon nas forças liberticidas não estava no meu plano", escreveu Uzal, em resposta à empresa.
Para o autor, que mora no Rio há 17 anos, seu livro é um "hino da liberdade". "Princesa Lara o la Biografía Anticipada de Quien Llevó el Sexo Dicho Débil a la Cumbre del Poder" fala de diferença de gêneros, pela história de uma mulher que faz uma revolução.
Na segunda-feira (5), o funcionário Gustavo Duran, que trabalha no setor de relações com os consumidores da Amazon na Espanha, enviou e-mail novamente autorizando a publicação do livro e lamentando a decisão da empresa.
"O processo de revisão de imagens é altamente manual e, por isso, pode haver erro humano. Lamentamos muito qualquer inconveniente que essa situação tenha causado", escreveu. O funcionário autorizou a reprodução da mensagem. "Por favor, sinta-se em total liberdade de difundir esta mensagem publicamente", diz o e-mail.
O livro de Uzal está disponível na plataforma espanhola Bubok e custa € 4,88. O autor diz que, depois da última mensagem da Amazon, irá publicar o livro na plataforma da empresa.
De acordo com as diretrizes de conteúdo expressas no site da Amazon, a empresa não aceita "pornografia ou representações ofensivas de atos sexuais gráficos" e "conteúdo ofensivo".
"O que consideramos ofensivo é aquilo que provavelmente você também pense que possa ser", diz a política da empresa. A Amazon também recusa "livros cujo conteúdo ofereça ao cliente uma experiência de baixa qualidade". Cita como exemplo "título, capa ou descrição do produto enganosos" e "livros mal formatados".
Na semana passada, a empresa havia informado ao autor, o franco-espanhol David Uzal, 44, que a capa de seu livro "Princesa Lara o la Biografía Anticipada de Quien Llevó el Sexo Dicho Débil a la Cumbre del Poder" (Princesa Lara ou a biografia antecipada de quem levou o sexo dito fraco ao ponto alto do poder) violava as políticas de conteúdo da empresa.
O livro seria disponibilizado pela plataforma Kindle Direct Publishing, onde usuários podem publicar seus e-books gratuitamente.
Uzal escolheu uma pintura feita por ele, "Femmes aux Cheveux Bleus" (mulher de cabelos azuis), para ilustrar a capa.
A Amazon enviou e-mail a Uzal na quinta-feira (1) anunciando que a empresa havia reavaliado a decisão de recusar a publicação do livro. O representante da empresa, autor do e-mail, também pediu desculpas em nome da Amazon por qualquer dano que a recusa havia causado ao autor.
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| "Femmes aux Cheveux Bleus" (mulher de cabelos azuis), do artista franco-espanhol David Uzal |
"Deram o azar que uma de suas censuras mais absurdas -espero que não haja muitas desse tipo!-coincidiu com quem escreveu uma obra motivado pela íntima convicção de que a liberdade em geral está diminuindo e que a liberdade de expressão está sofrendo novas formas de censura, mais sutis e dissimuladas e portanto mais perigosas. Incluir a Amazon nas forças liberticidas não estava no meu plano", escreveu Uzal, em resposta à empresa.
Para o autor, que mora no Rio há 17 anos, seu livro é um "hino da liberdade". "Princesa Lara o la Biografía Anticipada de Quien Llevó el Sexo Dicho Débil a la Cumbre del Poder" fala de diferença de gêneros, pela história de uma mulher que faz uma revolução.
Na segunda-feira (5), o funcionário Gustavo Duran, que trabalha no setor de relações com os consumidores da Amazon na Espanha, enviou e-mail novamente autorizando a publicação do livro e lamentando a decisão da empresa.
"O processo de revisão de imagens é altamente manual e, por isso, pode haver erro humano. Lamentamos muito qualquer inconveniente que essa situação tenha causado", escreveu. O funcionário autorizou a reprodução da mensagem. "Por favor, sinta-se em total liberdade de difundir esta mensagem publicamente", diz o e-mail.
O livro de Uzal está disponível na plataforma espanhola Bubok e custa € 4,88. O autor diz que, depois da última mensagem da Amazon, irá publicar o livro na plataforma da empresa.
De acordo com as diretrizes de conteúdo expressas no site da Amazon, a empresa não aceita "pornografia ou representações ofensivas de atos sexuais gráficos" e "conteúdo ofensivo".
"O que consideramos ofensivo é aquilo que provavelmente você também pense que possa ser", diz a política da empresa. A Amazon também recusa "livros cujo conteúdo ofereça ao cliente uma experiência de baixa qualidade". Cita como exemplo "título, capa ou descrição do produto enganosos" e "livros mal formatados".
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